domingo, 25 de dezembro de 2011

Platônico


Olhos 
Que nunca me enxergam 
Lábios
Que nunca me procuram 
Por isso, escrevo esse poema 
Para matar essa angústia 
Voz 
Que nunca sussurra meu nome 
Mãos 
Que nunca acariciam minha face 
Por isso, escrevo esse poema 
Para dizer o que sinto, 
o quanto o admiro 
Não me conhece, ó Cupido
Mas está sempre comigo

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Coletânea de Frases IV

 Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
- O Pequeno Príncipe


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Les Shades


Estou viciada nesta banda parisiense chamada Les Shades. 
Descobri esta a partir de minha irmã gêmea, Sarah - assim como diversas outras bandas de rock francês. Tá vendo, Sarah? Os créditos são seus. :D
Recomendo. Abraços!

O Sonhador

Por Narah Cavalcante (Nana)


Um sono profundo 
Um sono de jovens 
Um sono sem rumo
Um sonho no bosque 
Menino adulto
Neste mundo de fortes
Que pensa em tudo
Exceto na morte


Ponte

Voe em minha direção
Cante nossa velha canção
Fique ao meu lado para que eu possa te entender
Caminhe comigo, preciso de você

Viaje nas lembranças ao meu lado
Retome o nosso conto alado
Busque a verdade pequena e incerta
Alce vôo e acione o botão de alerta

Cante comigo como se fossemos os últimos do mundo
Vamos celebrar o nosso amor no rio mais profundo
Olhe o nosso céu e a nossa linda Lua
Procure em meus olhos a emoção nua

Rasgue as cartas que contam o passado
Voe comigo para o meu castelo animado
Atravesse a ponte que te separa do meu coração
Ande para o futuro e não perca a lotação (aquela que te levará para o castelo animado)

Joyce Marins






Este lindo poema é de minha amiga Joyce Marins. Sou fã! Beijos, Joy! :D

Coletânea de Frases III

 Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas uma aventura seguinte.
- Alvo Dumbledore. 




domingo, 30 de outubro de 2011

Mallu!


 Embalada pelo sonzinho da Mallu. A voz dela é um sonho. 
:) Preciso comprar este CD. 

Introdução

Mais uma estória. :D

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.


Era quase meia-noite quando os olhos de Alexander tornaram-se opacos. Eles se fixaram no horizonte azul, e a mente divagava em qualquer lugar. A feição arrogante logo se desfez e, em seu lugar, despontou uma expressão de puro terror. 
- O que acontece? – perguntou Naomi, colocando as mãos pequenas sobre o braço de Leon. – O que acontece, Alexander? Responda-me!
- Não seja tão ansiosa, pequena ninfa – disse Dominik com calma e tirou os óculos escuros, revelando seus olhos azuis cerúleos. – Deixe que o rapaz assista com atenção. 
Naomi bufou e sentou-se próxima a uma estátua. Seus olhos varreram o grande museu e ela olhou para o teto, apreensiva. Alguns segundos depois, as portas de mogno se abriram e Sofia e Vanessa entraram no salão apressadamente. 
A capa negra ondulava sobre seus tornozelos magros. Elas pararam em frente a Dominik e olharam para Alexander, que puxava o cabelo negro em desespero. 
- Ele está vendo? – perguntou Sofia sem alterar a expressão imparcial. Dominik assentiu. Já Vanessa olhava para seu amigo com desespero, mordeu os lábios, mas possuía mais controle do que Naomi. 
- Odeio vê-lo neste estado. 
- Eu também – disse Naomi com os braços cruzados. Ela encarava Alexander. Apesar de Naomi ser de origem asiática e Alexander descendente de escoceses, era como se fossem irmãos. Gostavam de brincar, dizendo que, apesar de não terem ligações sanguíneas, suas almas eram gêmeas. 
- Encontraram o que eu havia pedido? – perguntou Dominik. 
- Sim, Dom – disse Vanessa, retirando cuidadosamente a adaga da bainha de couro que estava presa em sua cintura – Eis aqui a adaga com a prata mais pura dos montes Taigeto. 
Dominik vislumbrou o objeto sutil nas mãos de Vanessa e, quase reverenciando, o pegou. 
- O que é isto exatamente? – perguntou Naomi, tirando a atenção de Leo por alguns instantes. 
- Isto, minha querida – respondeu Dominik voltando-se para ela e sentando ao seu lado – É a arma que usaremos para acabar com Spiridon. 
- Esta adagazinha? – perguntou Naomi, incrédula. 
- O que você esperava? – disse Dom, seco – Bombas atômicas? 
Mas antes que Naomi pudesse replicar, Alexander despertou. 
- Então, meu jovem – começou Dominik indo a sua direção e batendo com força no ombro dele – Localizou o inimigo? 
Alexander negou. Ele parecia perdido. Dominik arreganhou os dentes e perguntou com fúria:
- E o que você estava fazendo todo esse tempo? – gritou – Vendo o Animax?
Alexander olhou para Dominik com raiva. 
- Cale-se – o retrucou – Eu vi mais, muito mais. Estávamos errados, esta arma não pode ser manejada por qualquer um. Ela já escolheu seu dono. 
- O que? 
- Ela já escolheu seu dono. – repetiu Alexander.
- Mas como ela pode ter escolhido? – perguntou Sofia, arqueando a sobrancelha – É só uma arma. 
- Achei que você tivesse percebido, Sofia, que isto não é uma arma qualquer – disse Leo encarando-a – Ela foi forjada pelos sacerdotes de Hefesto, foi ornamentada pelos filhos de Poseidon e alcunhada por Apolo. Não, ela não é só prata, Sofia. Há um poder neste punhal que deixa esse lugar enevoado e nós só conseguiremos voltar a enxergar quando ela estiver nas mãos do dono. 
- Não acredito que paguei uma passagem para vocês irem à Grécia buscar este negócio e saber que não posso usá-lo – murmurou Dominik – Droga!
- E quem é esta pessoa? – perguntou Sofia – Onde está ela? 
- Eu não sei quem é. – respondeu Alexander e deu um suspiro pesado e frustrado – Sei que devemos ir para Barcelona. 
- Na Espanha? – perguntou Naomi, boquiaberta. 
- Não, no Canadá – respondeu Vanessa, sarcástica. Não precisava se preocupar mais com Leo. 
- Desse jeito, vou falir – disse Dominik levantando-se. 




Coletânea de Frases II



"Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó e cujo cheiro ainda conservo nas mãos."
- Daniel Sempere.
A Sombra do Vento. 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sobre paixões e Sob o luar


Lua branca, redonda, brilhante
No céu da meia noite
Peço explicações para o que aconteceu agora
Você é a única testemunha
Você é a única culpada
Enquanto minha cabeça ainda gira confusa
Lança-me este olhar
Ó, mãe das paixões noturnas
Explique-me agora
Ele foi para casa e disse que vai me ligar amanhã
Ele me beijou nos lábios
Pareço uma mocinha dessas novelas mexicanas
Suspirando pelos cantos
Apenas pensando nele...
Transforme-me no que eu era
Devolva-me para minha terra
Não quero ser assim tão fraca
Eu quero ser assim tão fraca
Tenho que ser franca
Eu quero vê-lo amanhã
Sob a lua
Ouvindo sonetos de Bocage



 Isto foi a tentativa de fazer... Algo.
C'est grotesque!
:D



Coletânea de Frases I

 "As vidas sem significado passam ao largo, como trens que não param na estação.”

A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón.


Prólogo

~
Mais uma tentativa de escrever um livro. Este aqui seria um romance.
A estória ainda está sendo desenvolvida. 

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

Eu sentia seus olhos sobre mim. Fuzilando-me. Não, ele não era algum tipo de maníaco ou um ex-amigo perseguidor. Com exceção daquele dia, nós nunca havíamos tido um diálogo que ultrapassasse 5 minutos. Sempre foram aquelas palavras banais que conhecidos dizem para conhecidos a fim de que o equilíbrio social se mantenha intacto.

A “arte de encarar”, porém, – e, ainda por cima, nada sutilmente – outra pessoa não é algo que esteja enumerado em meu livro de etiqueta. Entretanto, se estivesse em seu lugar, eu faria o mesmo.

Desde que o episódio ocorreu, haviam se passado três dias, e a reação das massas estava sendo mais tranqüila do que eu poderia ter imaginado. Não faziam piadinhas sem graças nem sequer apontavam para mim, mas eu ouvia meu nome entre seus sussurros e percebia seus olhos percorrendo minha face. Não faziam chacota, mas sentiam pena de mim. Sentiam pena de mim, pois agora eu era alvo das palavras maldosas de Maria Antonieta Drummond.

Ah, sim, Maria Antonieta. Não era nenhuma rainha francesa, mas, de qualquer forma, era rainha. Rainha do Ensino Médio.

Oh, sim, e parece um carma, mas esta garota é a culpada de meu constrangimento. Foi ela quem leu a carta.
A maldita carta que escrevi querendo aliviar o peso no meu coração e hoje gostaria que meu coração pesasse toneladas para não ter escrito aquilo. 

 Havia vários corações em no papel ofício e, depois da tontura por causa da letra floreada, havia a declaração de amor.

O que acharam? Abraços.



Um brinde à morte

 
Não aponte esta arma para sua cabeça, minha querida. Deixe que as lágrimas limpem esta idéia de você.

Ei, Jude, aprende algo com esta música. Deixe a arma de lado, deixe os amigos de lado, deixe Duarte de lado.
 

Você bem sabe que é um tolo,
Que finge que está numa boa
Tornando seu mundo um pouco mais frio.
 

 

 
E sempre que você sentir a dor,
Ei Jude, detenha-se,
Não carregue o mundo nos ombros.
 

 

Havia cinco anos que Jude sofria com aquela situação. Sempre que a via, Duarte, aquele garoto ridículo e narcisista do segundo ano, fazia o máximo para diminuir sua auto-estima. Seus amigos - ou pelo menos, aqueles que diziam ser - riam daquela situação como se estivessem num circo e juntavam-se ao coro que apontava para ela e riam de sua mágoa.
Foi num dia frio, escuro e melancólico que Jude tomou o passo decisivo para o o desejo que lhe perseguia desde o início do pesadelo. Enquanto a música de uma operetta ecoava ao fundo, Jude carregou uma arma e apontou para sua cabeça. Os olhos estavam fechados, a respiração pesada e os lábios movendo-se vagarosamente fazendo uma oração.
Mas não! Não, Jude! Não!

Ei, Jude, não fique mal,
Escolha uma música triste e torne-a melhor.